O secretário municipal de Educação Renan Ferreirinha apresentou o Plano de Volta às Aulas da Rede Municipal do Rio de Janeiro, numa coletiva realizada nesta quarta-feira (27) no Palácio da Cidade, em Botafogo. O anúncio oficial foi feito com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e com o secretário de Saúde, Daniel Soranz.
O plano de volta às aulas foi desenvolvido pelo Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da cidade e engloba tanto a modalidade remota quanto a presencial, ao qual o retorno foi marcado para 24 de fevereiro. Estão especificados, por exemplo, os Protocolos Sanitários e as medidas a serem implementadas para proteção à vida dos estudantes e profissionais da Educação.
Durante a coletiva, o prefeito chamou atenção para a aparente normalidade instaurada diante do fato das crianças estarem há 1 ano sem aulas e destacou a questão social social envolvida nessa situação:
Incrível, mas as crianças não vão à escola há um ano. Os filhos dos pobres estão abandonados, largados, sem alternativa. Não dá para a gente como sociedade achar isso normal. – Prefeito Eduardo Paes
Retorno escalonado
Para dar segurança ao retorno presencial, o Plano estabelece medidas de prevenção, monitoramento e contingência de casos do coronavírus. O secretário Ferreirinha ressalta que o plano é dinâmico e pode ser modificado de acordo com as condições epidemiológicas de cada região da cidade. Na tarde desta quarta, o secretário participou de uma videoconferência com diretores, professores e profissionais de educação e apresentou o Plano de Volta às Aulas.
Fizemos um mapeamento das 1.543 unidades. Dessas, nós temos 44 em estado crítico. Entre escolas, creches, EDI, que precisam de uma atenção muito grande da nossa parte. Além disso, temos 432 que precisam de uma atenção maior da nossa parte, uma ou outra questão pontual que precisa de mais atenção. – Renan Ferreirinha, Secretário Municipal de Educação
O retorno das atividades nas escolas será escalonado, com a volta das demais séries em um período de duas a três semanas após o dia 24. O turno presencial será só de três horas. A lotação nas turmas será limitada de acordo com o nível de contágio em cada região, divulgado semanalmente pela prefeitura.
Nas regiões com risco moderado, as escolas poderão receber até 75% da capacidade. Com risco alto, o limite será de 50%, percentual que cai para 30% quando o risco for muito alto. Nesses casos, as escolas poderão fazer rodízios entre as turmas, que também terão atividades a distância.
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