A Prefeitura do Rio divulgou nesta sexta-feira (15) o segundo Boletim Epidemiológico da Covid-19, revelando que 28 regiões administrativas (RAs) estão na faixa de risco alto para a doença e cinco outras têm classificação moderada. O levantamento é elaborado semanalmente pelo Centro de Operações de Emergências – COE COVID-19 RIO, trazendo as taxas da doença e uma análise de risco pelas RAs. Com base neste panorama, são definidas as medidas de proteção à vida para cada área da cidade.
Do primeiro boletim epidemiológico para o segundo, atualizado a cada semana, onze áreas (Zona Portuária, São Cristóvão, Ramos, Penha, Inhaúma, Jacarepaguá, Ilha do Governador, Pavuna, Guaratiba, Vigário Geral e Cidade de Deus) saíram do nível de risco moderado para o alto. As ações de fiscalização serão intensificadas nesses locais.
Apenas o bairro de Realengo reduziu o seu status de alto para moderado. Nessa faixa moderada, também estão Rocinha (XXVII RA), Jacarezinho (XXVIII), Complexo do Alemão (XXIX) e Complexo da Maré (XXX). Tanto no levantamento anterior quanto no atual, não houve regiões administrativas classificadas no grupo de risco muito alto.
– Estamos deixando as regras bem claras e fazendo um trabalho de conscientização. Na prática, não existia regra nenhuma, foi um libera geral. Agradeço a imprensa pela divulgação das medidas, que valem para os três níveis de risco: moderado, alto e muito alto – declarou Paes.
Ele anunciou duas “boas notícias”: a queda do número de pacientes da rede municipal aguardando transferência para leitos de Covid-19 por mais de 24 horas – a fila tem 9 pessoas quando a média era de 150 –, e o aumento do número de testagem, que vai gerar naturalmente um aumento do número de casos.
– A regra está clara. Aquele que desrespeitar, não será por desconhecimento. Será por falta de empatia e respeito ao próximo. Quem não cumprir as medidas, vamos jogar duro.
Sobre a vacinação contra o coronavírus, o prefeito disse que a previsão é que comece quarta-feira (20/01) no Rio, conforme comunicado publicamente pelo Ministério da Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, reforçou que “a prefeitura não vai tolerar excessos e aglomerações”.
– Em Paquetá (XXI RA), faremos uma ação de bloqueio, porque, embora o indicador composto mantenha nível alto, como na semana anterior, teve aumento expressivo em relação ao mês de dezembro, que foi superior em relação aos outros meses – explicou.
O Boletim Epidemiológico elaborado pelo COE COVID-19 RIO mostra que, do início da pandemia até hoje, a cidade registra 177.569 casos de covid-19, o que representa uma taxa de incidência de 2.665,7 casos por 100 mil habitantes. O total de casos graves registrados é de 36.258, com 15.950 óbitos. A letalidade na cidade é de 9% e a taxa de mortalidade, 239,4 por 100 mil habitantes. As Regiões Administrativa de Copacabana (V RA) e Centro (II RA) são as que apresentam o maior coeficiente de mortalidade acumulada.
Criado para estabelecer as prioridades de informações, facilitar a comunicação e atuar como elo de ligação com outras instituições e esferas de governo, o COE está sob a coordenação da Superintendência de Vigilância em Saúde da Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SMS, sob o comando do epidemiologista Márcio Garcia. O COE COVID-19 RIO conta com mais de 20 técnicos de órgãos integrantes da estrutura da SMS: Gabinete, Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Subsecretaria Geral, Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, Subsecretaria de Gestão, Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária e Assessoria de Comunicação Social, além de um representante do COR.
Ação de conscientização na orla
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza neste domingo, 17 de janeiro, a partir das 7h30, a ação “Saúde na Orla”, para orientar e conscientizar a população sobre as principais medidas de prevenção à covid-19: uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. A ação, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, faz parte das medidas de proteção à vida, presentes no Plano de Enfrentamento à Covid-19, elaborado pela SMS.
Mais de 200 profissionais das secretarias estarão presentes na ação, distribuindo máscaras para quem não estiver usando e oferecendo álcool em 70% para a higienização das mãos. Os agentes também informarão sobre a importância do distanciamento seguro de, pelo menos, 1 metro entre as pessoas, mesmo utilizando máscara, além de explicar sobre o uso do aplicativo de autonotificação RIO-COVID 19.
– A pandemia só pode ser controlada com a cooperação de todos e a melhor forma de conseguir isso é orientando as pessoas. Antes de pensar em qualquer tipo de punição, é preciso educar. Só assim é possível promover saúde e mudar hábitos – afirmou o secretário Daniel Soranz.
A ação estará disposta em pontos fixos ao longo das orlas, nos postos 1 a 6, 8, 9, 11 e 12, com tendas caracterizadas nos postos da praia. Cada tenda contará com 15 agentes de Vigilância em Saúde e dois supervisores, que também irão se deslocar pela orla e adjacências, orientando a população para a prática segura da atividade física e lazer.
O superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Marcio Garcia, ressaltou a importância da ação deste domingo. – Atividades físicas e lazer são essenciais para um estado de completo bem-estar físico, mental e social, segundo a Organização Mundial da Saúde. Porém, precisamos fazer isso de forma responsável, sem baixar a guarda. É indispensável usar a máscara, manter o distanciamento social e higienizar as mãos frequentemente.
A atividade faz parte das medidas de proteção à vida, presentes no Plano de Enfrentamento à COVID-19, elaborado pela SMS. Entre as ações, todas alinhadas com os governos estadual e federal, estão abertura de novos leitos de internação, vacinação da população, ampliação da testagem e ativação do Centro de Operações de Emergências em Saúde – COE COVID-19 RIO, que irá monitorar a situação epidemiológica de toda a cidade.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro
Fotos: Beth Santos