A campanha Não Esqueça da Hanseníase iniciou nesta quinta-feira (27/01) a fase de palestras sobre cuidados e prevenção na URS (Unidade de Reinserção Social) Haroldo Costa, na Taquara. Em parceria, a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Morhan (Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase) puderam tirar dúvidas sobre sintomas e tratamentos de cerca de 70 abrigados, adultos e idosos.
No dia 3 de fevereiro, as equipes realizarão busca ativa neste abrigo para identificar possíveis pacientes, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Sendo identificados casos suspeitos, serão encaminhados para unidades da Secretaria Municipal de Saúde. Até maio, o público dos 59 abrigos da Assistência Social receberá visitas das equipes da campanha.
– A maior incidência da doença é entre a população vulnerável, e, em 2020, por causa da pandemia, mais de 45% de casos novos deixaram de ser diagnosticados. Isso não pode mais acontecer, temos que prevenir e cuidar – afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro.
Na plateia da palestra na URS Haroldo Costa estava Carlos Alberto de Jesus, de 62 anos, acolhido ali há pouco mais de um ano. Ele contou que foi curado da doença recentemente:
– Senti meu corpo adormecido, com manchas e procurei o dermatologista e fiz todo o tratamento.
O Dia Mundial de Combate e Prevenção da hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro que, neste ano, será dia 30. Símbolo do Janeiro Roxo, a data chama a atenção para o preconceito em relação à doença. Até 31 de janeiro, seis monumentos e pontos da cidade estarão iluminados de roxo, numa iniciativa da Prefeitura do Rio, contando também com a parceria da RioLuz, do BRT, da Associação dos Peritos Criminais Federais e Fundação Sasakawa pela Saúde.