O prefeito do Rio, Eduardo Paes, celebrou nesta quinta-feira (15/12) a marca de 1 milhão de refeições entregues pelo Prato Feito Carioca. Nos dois eixos do programa, as Cozinhas Comunitárias Cariocas e o cartão magnético, foram disponibilizadas, respectivamente, 504.288 e 495.712 refeições desde 21 de junho, com a inauguração das duas primeiras cozinhas, a do Projeto Sacode Mangueira e a do Renascença Clube, no Andaraí.
O Prato Feito Carioca foi criado no momento em que o Brasil voltou para o mapa da fome. A Prefeitura do Rio implantou esse programa inédito para atenuar os graves efeitos da crise econômica sobre a população mais vulnerável da cidade.
– Nós quisemos celebrar a marca de um milhão de refeições servidas porque celebração serve, obviamente, para exaltar, agradecer, mas também serve para lembrarmos do absurdo que é vivermos num país que tem gente passando fome. Tudo isso em pleno século 21, com a riqueza toda que o Brasil possui. Vamos fazer dessa cidade um lugar mais justo. Como brasileiro, peço desculpa a vocês de terem passado por esse sofrimento. Vamos avançar e seguir em frente – disse o prefeito Eduardo Paes, durante o evento no Renascença Clube.
Ao lado do prefeito, dona Janete Evaristo entregou a milionésima refeição do programa. Ela foi uma das beneficiadas do Prato Feito Carioca desde a inauguração da Cozinha Comunitária do Renascença. Viúva e com a filha falecida, dona Janete comoveu o país com seu relato de luta para alimentar seus netos. Hoje, com a vida ressignificada, ela não precisa mais das quentinhas do programa, mas fez questão de estar presente para incentivar as famílias que participam.
– Sou moradora do Complexo dos Macacos, em Vila Isabel, onde vivo com meus netos. Há cinco meses, quando contei minha história, eu nem sequer tinha um prato de comida para dar aos meus netos. Hoje, trabalho com reciclagem e como cuidadora. Estou muito feliz e emocionada em entregar uma refeição do programa Prato Feito Carioca para alguém que, assim como eu, tem dificuldade em alimentar a sua família – contou Dona Janete, que está no serviço de acompanhamento familiar do CRAS Rosani Cunha.
Em junho, Elenilda Felipe da Silva, moradora da Mangueira, recebeu a primeira refeição das Cozinhas Comunitárias Cariocas na inauguração do projeto na comunidade. Mãe de sete filhos, ela mora no bairro há 60 anos e continua no programa. Nesta quinta-feira, a refeição de número 1 milhão foi entregue para Ana Carolina Cunha Santos, de 26 anos. Mãe de três filhos, ela pega suas refeições na Cozinha Comunitária do Catumbi e conta uma história emocionante.
– Há três anos, fui baleada na perna, em um bairro da Baixada Fluminense. Fiquei um ano internada e, quando voltei pra casa, não pude mais trabalhar porque fiquei com uma sequela grande e usando muletas. A situação que já era difícil, ficou pior. Muitas vezes, para dar de comer aos meus filhos, eu ficava sem comer. E, apesar de receber ajuda do governo, o dinheiro não dá, eu pago aluguel. Pego quatro refeições todos os dias na Cozinha Comunitária Carioca, o que me ajuda muito. Hoje, eu consigo oferecer aos meus filhos pelo menos uma refeição por dia e de qualidade.
Quinze Cozinhas Comunitárias Cariocas inauguradas este ano
Este ano, foram inauguradas 15 Cozinhas Comunitárias Cariocas. Além das localizadas na Mangueira, Andaraí e Catumbi, também estão em funcionamento as de Realengo, Anchieta, Vila Kennedy, Tanque, Costa Barros, Guaratiba, Campo Grande, Bento Ribeiro, Bangu, Sepetiba, Acari e Beira Rio. Essas refeições são destinadas às famílias com renda mensal per capita de até R$ 105.
– É um dia muito simbólico com a entrega de um milhão de refeições para a população em insegurança alimentar na cidade do Rio. Isso mostra a preocupação que a Prefeitura do Rio teve para combater o retorno do país ao mapa da fome. Hoje é um dia para comemorarmos, mas também para nos preocuparmos em termos mais Cozinhas Comunitárias Cariocas no Rio porque a fome não acabou. Vamos continuar fazendo a diferença para a população em situação de vulnerabilidade na cidade – afirmou a secretária de Assistência Social, Maria Domingas Pucú.
A segunda pessoa a receber sua quentinha durante a cerimônia no Renascença – refeição número 1.000.001 – foi a viúva Rosana Cristina Félix do Sacramento, de 56 anos. Ela é atendida pela Cozinha Comunitária de Realengo, desde a inauguração em 23 de junho, e está conseguindo melhorar a sua condição de vida.
– Eu catava ferro velho, era tudo muito difícil. Desde que comecei a pegar essas quentinhas, eu tenho conseguido dar uma vida menos sofrida para os meus netos. Consegui comprar um portão para a minha casa e também uma bomba d’ água, porque aqui não chega água. Antes, o único dinheiro que entrava só dava para comprar comida e sem muita opção. Sou viúva, criei seis filhos sem pensão e, agora, crio três bisnetos também. Hoje, vendo cocada em casa. Não é muito, mas ajuda. Sou muito grata por essa ajuda que a Cozinha Comunitária Carioca nos dá – contou Rosana Cristina, que tem 13 netos.
Cinco mil beneficiados com o cartão do Prato Feito
O cartão magnético Prato Feito Carioca está atendendo, por sua vez, cinco mil trabalhadores informais, com renda mensal per capita entre R$ 105,01 e R$210 para comer em bares ou restaurantes próximos aos seus locais de trabalho e/ou de geração de renda.
Acho legal a iniciativa, porém acredito que ele cobre um lado pensando na política e descobre outro os servidores com 5,35%de reajustes parece estar bancando a benevolência dessas ações sociais. Há quatro anos estamos congelados, isso é uma covardia, estamos representando o município do Rio de Janeiro sem condições básicas. Atualmente os uniformes da GM Rio, ficaram em manequins do BG. As condições são precárias e os “real juste” somente mostra o descaso com a classe servidores. Mas certamente seremos lembrados nas próximas eleições!!!
BOM DIA, RECEBO (AUXÍLIO BRASIL) POSSO RECEBER O (CARTÃO DO PRATO FEITO)? TENTEI E NÃO CONSEGUI? VAI PRROGAR À INSCRIÇÃO? E QUE DATA? ABRAÇO.