Após quatro anos da concessão realizada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2016, a cidade do Rio de Janeiro voltará a ter um dos espaços mais queridos e lembrados pelos cariocas, mas de cara nova: o antigo Jardim Zoológico do Rio, reabrirá, agora como um BioParque.
Diferente do antigo conceito de jardim zoológico, onde os animais ficam presos em jaulas expostos ao público, o BioParque do Rio será um espaço de conservação do bem-estar e da vida animal. Sai a antiga ideia de seres vivos isolados em vitrines e entra o foco na educação, pesquisa e preservação. Bioparques ao redor do mundo todo terão um papel de destaque na restauração da biodiversidade nos próximos anos, seja promovendo pesquisas científicas sobre a genética e o comportamento dos animais, ou mesmo colocando em práticas projetos de refaunação de espécies que desapareceram da natureza.
Localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte, um dos parques públicos mais populares da cidade, o bioparque terá espaços maiores para os animais, com barreiras naturais, e eles vão circular por recintos livres de grades, de forma a haver integração com outras espécies. Já os visitantes farão o passeio utilizando túneis, corredores e passarelas. A ideia é que o visitante possa se sentir dentro de uma grande floresta tropical.
Pelo Twitter, o Prefeito Eduardo Paes comentou o mais novo espaço de preservação da vida animal para a cidade.
Concessão que fizemos no ano de 2016. Em breve, aberta ao público! https://t.co/FOILr98yaZ
— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 23, 2021
Unindo turismo sustentável, educação, pesquisa e conservação da biodiversidade, com a preservação de mais de 40 especiais ameaçadas de extinção, o local também passa a contar com anfiteatro para atividades educativas, viveiro imersivo e uma fazendinha para interação das crianças.
Mais área verde e nova experiência com os animais
A área verde do projeto aumentou em 35% em comparação ao antigo zoológico, nenhuma árvore foi derrubada para a construção do BioParque. Foram também preservadas mudas de espécies nativas da Mata Atlântica o que possibilitará, no futuro, uma ampliação ainda maior do verde.
Os visitantes também caminharão por túneis, corredores e passarelas, ganhando uma nova experiência sensorial. Em entrevista ao jornal O Globo, o arquiteto responsável pelo projeto, João Uchôa contou que optou por utilizar materiais naturais. Em toda a configuração do parque, foi usada madeira de eucalipto (material certificado). As paredes receberam um revestimento com pintura artística de envelhecimento, num tom que se assemelha à terra. Foram utilizados ainda recursos cênicos, como rochas nos lagos, que propiciam uma atmosfera agradável. No recinto dos tigres, pedras artificiais foram criadas idênticas às naturais.
No recinto dos elefantes, por exemplo, há uma entrada subterrânea onde, lá dentro, você vai conseguir vê-los nadando do seu lado, pelo vidro. Na “Aventura Selvagem”, as famílias terão uma experiência única, ficando próximos de animais da savana africana, passeando pelo ambiente de barco. Nos lagos, houve uma preocupação muito grande com o tratamento, a qualidade e a limpidez da água, o que visualmente faz toda a diferença para quem observa de fora. – João Uchôa, arquiteto responsável pelo projeto do BioParque do Rio
A abertura do Bioparque será no dia 22 de março, com visitação diária, das 9h às 17h. Mas, que quiser se antecipar e ver de perto as transformações, pode acessar à página do novo Zoo na internet. De acordo com os organizadores, um percentual do valor do ingresso será destinado a ajudar no financiamento de projetos de pesquisa e bolsas de estudos.
Concessão
A concessão do antigo zoológico da cidade foi feita em outubro de 2016, no fim do segundo mandato de Eduardo Paes. Desde então, o espaço passou a ser administrado pelo Grupo Cataratas que passou a ser responsável pelas reformas como limpeza geral, paisagismo, retoques na cenografia, pintura dos espaços e recintos, renovação da cozinha dos animais e atendimento aos compromissos firmados anteriormente Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a Fundação RioZoo, Ministério Público Federal e IBAMA. Posteriormente, surgiu o projeto do BioParque que será aberto mês que vem. As reformas tiveram um investimento próximo de R$ 90 milhões. Foram 73 mil m² de intervenção dentro dos quase 115 mil m² do BioParque.
O Grupo Cataratas é a principal empresa de turismo sustentável do Brasil. Fundada em 1999 com o objetivo de prover a gestão de visitação no Parque Nacional do Iguaçu e no lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, a empresa também opera a Concessionária EcoNoronha, no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu, a Paineiras Corcovado (vans oficiais que fazem o transporte até o Alto Corcovado no Parque Nacional da Tijuca) e o Aquário Marinho do Rio.
Com informações de O Globo, Prefeitura do Rio e BioParque do Rio
Foto em destaque: Reprodução/Instagram BioParque do Rio
Boa Tarde !!
Estive no Bio Zoo este sábado passado e gostei muito da transformação do local, entretanto eu creio que algumas coisas ainda precisam ser melhoradas.
Os espaços no final onde estavam a onça pintada, parda, pantera, urso e quatis ao meu ver não estão dentro do padrão atualizado do restante do parque, creio que isto precisa ser revisto.
Tambem notei a ausência de alguns animais muito conhecidos como girafa, chimpanzé e rinoceronte.